segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

''É impossível ser feliz sozinho''


Já dizia Tom Jobim...

Todos os seres humanos que eu conheço tem a péssima mania de firmar, afirmar e reafirmar que não precisariam de ninguém para serem felizes. Inclusive eu.
Vivemos numa eterna luta contra nós mesmos pra fazer com que isso se torne verdade, mas quando estamos lá, com nós mesmos por muito tempo vemos a verdadeira necessidade de estarmos com alguém ao nosso lado.

Não estou falando de dependência, não é isso. Eu estou falando da necessidade que nós temos de sabermos que não estamos sozinhos, mesmo quando esse é a nosso desejo.
Seja um amigo, a família ou um namorado. Seja um ficante, ou peguete.. como você quiser chamar. O conforto que isso nos trás não tem preço, porque nós sabemos que se no meio do caminho fraquejarmos, lá estarão eles dispostos a nos estender a mão para que continuemos a nossa caminhada.
E eu, com a pouca idade que eu tenho, acredito que será assim para o resto da minha vida. Até mesmo quando eu já estiver uma mulher feita, com todos os meus objetivos alcançados, eu ainda precisarei sentir essa segurança. E digo mais, se durante essa caminhada eu não tiver essa segurança, arrisco dizer que não chegarei lá com tanta facilidade.
A ideia é clichê, mas acho que traduz bem: ''Cuidar do jardim para que as borboletas venham até você.''
Se precisamos tanto das pessoas e do que elas podem nos oferecer, porque não cativarmos isso de uma maneira simples? Sem cobranças, sem limitações.. apenas sendo o que nós somos, sem nunca mudarmos a nossa essência. Precisamos estar sempre dispostos a ajudar, a ouvir, a aconselhar o próximo e dividir com eles os nossos conhecimentos, pois assim como precisamos de um apoio as pessoas que nos apoiam, por sua vez precisarão, um dia, de nós.
É um eterna troca de experiências que ajudam no crescimento individual de cada ser humano, pois, estou pra ver escola melhor do que a vida e professores mais eficientes do que os seres humanos. Cada um com suas particularidades, tão singulares que jamais poderíamos aprender tudo sozinhos, sem uns aos outros. 
E creio fortemente que esse é o proposto de estarmos aqui, vivendo nesse mundo. Ajudar uns aos outros sem esperar nada em troca e embora isso seja tão difícil hoje em dia para alguns, eu prefiro acreditar que o mundo pode contar muito mais com pessoas boas do que com as não tão boas assim, e ainda, quero acreditar que não existe ninguém que possa ser tão completamente mal ao ponto de não conseguir deixar uma misera lição para o próximo enquanto tiver em estadia nesse mundo louco, de amores loucos, de ideias loucas e nenhuma certeza.

Bruna Silva

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

It's time to change..



Old-clock-3_large
Foto: WeHeartIt
Quanta inocência da nossa parte acharmos que as pessoas se importam com a gente da mesma forma que nós nos importamos com elas.
Quanto tempo perdido tentando achar meios que facilitassem as coisas para os outros. Quantas palavras e atos em vão.
Quanto tempo teria sobrado para nós se tivéssemos nos preocupado menos com os outros?
Essa história de ficar nos preocupando com o que devemos ou não fazer e a todo momento avaliarmos o que isso poderia causar para o outro. Ficar medindo nossas ações, viver pisando em ovos, sempre com receio. Isso cansa.
As pessoas se preocupam com coisas tão pequenas.  Elas adotam um modelo mental do qual não conseguem se desprender, então carregam os mesmos ideais para os resto de suas vidas e em situações distintas e isso tudo as limitam, porque vivemos num mundo que exige de nós uma percepção diferente para cada coisa. Todo esse processo as atrasam, as puxam para trás e consequentemente levam com elas todas as pessoas ao redor. É um processo constante de regressão, tudo resultado do modelo mental que não evolui.
Não dá mais pra ficar fazendo tudo o que as pessoas esperam de nós. Nós temos que fazer aquilo que temos vontade de fazer e quanto tivermos vontade. Ir e vir pra onde quisermos e com quem bem entendermos, afinal de contas as pessoas que realmente gostarem de nós irão respeitar as nossas escolhas e, mesmo assim, continuarão gostando de nós.
O problema é que chegamos ao um ponto em que tudo é questão de status. As pessoas realmente não estão preocupadas com você, elas querem saber o que você tem a dar para beneficia-la e nada mais. Tudo é por comodidade e conveniência, é aquele eterno medo de ficarem sozinhas e então, optarem pelo caminho mais fácil pra isso, que é esse, de usar as pessoas como ferramentas e nada mais.
O grande e verdadeiro fato é que as pessoas, todas elas, olham cada um para seus próprios rabos e procuram um bom lugar para excretarem suas merdas e normalmente são em cima de outras pessoas, igualmente sujas e egoístas.
Vamos rever alguns de nossos conceitos e chega de agregarmos as nossas vidas valores que só estão subtraindo. Vamos procurar valores que somem, pois já dizem por ai que, tudo aquilo que não nos acrescenta simplesmente não nos faz falta, ou não deveria.
Bruna Silva